quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

(D)Esperando...




















(c) Paulo Diegues

1 comentário:

Anónimo disse...

Há momentos que de facto dizem tudo pela mudez. Momentos que não carecem de palavras nem de banda sonora a acompanhar a beleza imagética de um instante. Seja ele um instante de ternura, de emoção ou de complacência.

Digo isto porque este poema exalta uma cumplicidade sempre presente mesmo no período da grande ausência.De um momento para o outro, duas matérias, antes distantes, encontram-se e reconhecem que podem edificar uma só forma. Juntos. Isto sente-se no amor, na amizade ou na partilha circunstancial de um acto.

Quando isto acontece e se efectiva, tudo o resto perde a real importância. Vale a pena fechar os olhos para sempre quando se viveu ou encontrou o tom azul que fica realmente bem na pintura da nossa existência.

Nem que para isso tenhamos de ter percorrido um caminho de mil e uma cores na paleta da vida.

Não será este o grande empreendimento dos homens que tiveram a sorte de nascer?